PCES prende mulher dona de asilo irregular em Itapemirim

A equipe da Delegacia Regional de Itapemirim, com apoio da Prefeitura Municipal de Itapemirim, na última quinta-feira (17), prendeu uma mulher de 39 anos, durante a operação “mãos estendidas”, em Itaipava, no município. A suspeita é dona de uma casa de repouso que funcionava sem qualquer registro ou documento. No local, foram encontrados remédios e alimentos com prazo de validade vencido, o que motivou a referida prisão. A casa foi interditada pela Prefeitura por apresentar várias irregularidades.

Quando a equipe chegou ao local, se deparou com aproximadamente 20 pessoas que viviam sem assistência médica e sem os cuidados necessários. No asilo foram encontrados vários medicamentos vencidos e pessoas doentes, que necessitavam de cuidados. Dois idosos foram encaminhados para o hospital local, para atendimento médico.

As equipes de assistência social da Prefeitura acompanharam a situação e fizeram contato com as famílias. As que foram localizadas. Dez pessoas, retiraram seus parentes, os outros foram recambiados para um asilo regular em Cachoeiro de Itapemirim, sendo dois levados para uma clínica em Marataízes.

Segundo o titular da Delegacia Regional de Itapemirim, delegado Djalma Pereira, o asilo não tinha licença para funcionamento. “Os idosos com melhores condições físicas eram responsáveis por fazerem os serviços domésticos como cozinhar, lavar e passar. Com a proprietária do local foram encontrados cartões bancários e de benefícios com as respectivas senhas. Encontramos cartões de benefícios dos idosos, que podem ter sido usados pela missionária para benefício próprio”, relatou o delegado.

Ainda segundo o responsável pelo caso, no estabelecimento foi encontrada uma mulher, vítima de cárcere privado, que estaria no local como funcionária. “A vítima foi contratada, mas nunca recebeu nenhum salário e desconfiamos ainda que ela foi vítima de abusos sexuais”, explicou o delegado Djalma Pereira.

Segundo as investigações, pelo menos 20 pessoas foram vítimas da detida e sete pessoas idosas morreram recentemente, em situações suspeitas, fato que são objetos de novas investigações. Em seu depoimento a detida de 39 anos, apontada como a responsável pelo asilo, disse que mantinha o local por meio de doações e não recebia nada desses idosos para cuidar deles.

Ela foi autuada em flagrante pelo crime de maus-tratos e cárcere privado e foi encaminhada para a unidade prisional. Já a mulher, vítima de cárcere privado, foi inquirida para prestar esclarecimentos sobre os fatos e será devolvida a sua família.

O caso segue em investigação na 9º DP de Itapemirim, para identificação dos demais suspeitos envolvidos neste caso.

Texto:  Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)

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