Distrito Federal

PCDF deflagra segunda etapa da Operação Navio Fantasma  

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Na tarde dessa sexta-feira (16), a Divisão de Repressão a Furtos (DRF) da Corpatri/PCDF, deflagrou a segunda fase da Operação Navio Fantasma. A ação resultou na apreensão de uma lancha, de 29 pés, em um clube do Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES) de Brasília.

Segundo as apurações, nos últimos dois anos, o grupo investigado forjou cinco acidentes automobilísticos para recebimento do valor do seguro. No total, foram destruídos dez veículos, dois em cada acidente. Os acidentes forjados ocorreram no SCES e na Rodovia DF-140, proximidades do Complexo da Papuda, sempre durante a madrugada. Em todos os acidentes houve choque proposital da coluna central, dano estrutural que conduz necessariamente à perda total do veículo.

Para dificultar a investigação, os registros dos acidentes eram feitos na Delegacia Eletrônica e os criminosos se revezavam na condição de condutor, segurado (contratante), terceiro envolvido e recebedor da indenização. Com o mesmo objetivo, o grupo criminoso também criou cinco empresas de fachada, em nome das quais eram registrados os veículos.  Entre os veículos destruídos estão três BMW´s, uma Porsche e um Chrysler.  

Especializado na simulação de acidentes automobilísticos, o grupo inovou, em 2019, e incendiou uma embarcação de cinquenta pés, obtendo vantagem indevida de R$ 750 mil. A embarcação foi incendiada no dia 11/12/19, por volta de 20h, às margens do Lago Corumbá, em Caldas Novas/GO. 

No dia 28/09/20, a DRF/Corpatri deflagrou a primeira etapa da operação e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão na residência e empresas das pessoas que integravam a organização criminosa.  

As investigações continuaram e levaram os investigadores até a oficina de um clube localizado Setor no SCES de Brasília, onde estavam os motores e as rabetas da lancha incendiada. Esses objetos foram apreendidos e periciados, além do casco da lancha queimada, localizado em Caldas Novas/GO. 

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 A continuidade das investigações também apontou que outra lancha foi incendiada pelo grupo criminoso, na cidade de Abadiânia/GO, em 27/02/2019. Após o sinistro simulado, os criminosos receberam R$ 200 mil, a título de indenização. Segundo apurado, o motor da segunda lancha incendiada foi retirado e colocado na lancha apreendida na manhã de ontem (16), durante a segunda etapa da operação.

A medida de busca e apreensão foi determinada pela Segunda Vara Criminal de Brasília e visa à realização de perícia na embarcação. A PCDF, desde o início, conta com o apoio das empresas seguradoras e Marinha do Brasil na realização das diligências e investigações.

Saiba mais:

A logística do grupo era bastante simples: a)são adquiridos veículos importados de difícil comercialização; b) são contratados seguros novos, com valor de indenização correspondente à Tabela Fipe; c) ocorre a colisão proposital dos veículos, que sofrem perda total; d) o condutor que contratou o seguro assume a culpa pela colisão, para viabilizar o pagamento dos danos do outro veículo envolvido no acidente, cujo condutor também integra a associação criminosa; e) opera-se o recebimento dos valores do seguro, baseados na Tabela Fipe, que são superiores aos valores de aquisição dos veículos.

Assessoria de Comunicação/DGPC

PCDF, excelência na investigação

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