Distrito Federal

PCDF realiza segunda fase da Operação Falso Juízo

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Seis pessoas foram presas acusadas de integrar grupo criminoso que aplicou golpe de R$ 3 milhões se passando por juízes e funcionários do TJDFT

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), deflagrou, nas primeiras horas desta sexta-feira (12), a segunda fase da Operação Falso Juízo. A ação contou com o apoio da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas — DIG/PCSP e do Grupo de Operações Especiais – GOE/PCSP, objetivando o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Campinas e Hortolândia/SP.

Até o momento, foram presos seis integrantes do grupo investigado e cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em endereços diversos, na região metropolitana de Campinas/SP. A operação contou com   o efetivo de 12 policiais civis do DF, 18 policiais civis do Estado de São Paulo e do Grupo de Operações Especiais – GOE/PCSP.

A operação é fruto de uma investigação iniciada no ano de 2020, que visou identificar um grupo criminoso voltado à prática de golpes contra pequenos municípios brasileiros, cometidos a partir de sentenças falsas expedidas em nome do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Segundo apurado, os criminosos se passavam por juízes e funcionários do TJDFT para coagir prefeituras de pequenos municípios do interior do Brasil, constrangendo prefeitos e procuradores com a possibilidade de bloqueio das contas públicas.

“Para evitar os falsos bloqueios, os prefeitos e os procuradores eram induzidos a realizarem pagamentos de dívidas inexistentes, representadas por atos judiciais e sentenças falsificadas. Os criminosos contavam com linhas telefônicas falsas de prefixo (61), supostamente ligadas ao TJDFT, a fim de fornecer atendimento a essas autoridades públicas, durante o horário de expediente do Tribunal de Justiça do DF—12h às 19h”, destaca o delegado da DRCC, Dário Freitas.

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 Durante as ligações, os criminosos se passavam por juízes e servidores do TJDFT, tratando de assunto jurídico ligado as supostas execuções fiscais contra os respectivos municípios. Verificou-se, também, que os criminosos se aproveitavam da troca das equipes das prefeituras, principalmente após a eleição de novos prefeitos, para criar falsas dívidas supostamente ligadas à gestão anterior, as quais poderiam ocasionar o imediato bloqueio das contas públicas.

A investigação apontou ainda que o grupo vinha atuando desde 2019, já tendo vitimado dezenas de pequenos municípios brasileiros, em vários estados da federação. Foram identificadas 33 prefeituras, vítimas do referido golpe, localizadas nas seguintes unidades da federação: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná e Piauí.

 O TJDFT já vinha divulgando alertas na internet quanto ao referido golpe há pelo menos quatro anos, segundo se verifica do seguinte link:

https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2017/dezembro/tjdftalerta-sobre-golpe-relativo-a-bloqueio-de-contas

“Levantamento preliminar indicou que o grupo criminoso, desde 2019, já teria se beneficiado com no mínimo R$ 3 milhões. Em razão da utilização de contas de e-mail falsas ligadas ao TJDFT”, finaliza o delegado.

Assessoria de Comunicação/DGPC

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