Distrito Federal

PCDF desencadeia Operação Dr. Blefe

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Hoje (22), a Polícia Civil do Distrito Federal, sob coordenação investigativa da DECRIN e apoio operacional da CORPATRI, CORD, Polícia Civil do Mato Grosso e da Penitenciária de Mata Grande, Rondonópolis/MT, desencadearam a Operação Dr. Blefe e cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços de alvos localizados em Rondonópolis/MT, inclusive na Penitenciaria de Mata Grande, objetivando desmantelar uma organização criminosa, que opera desde 2018 até a presente data e cometeu mais de cem crimes, entre estelionatos contra idosos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa em todo Brasil.
Com as provas obtidas durante as buscas, foi possível prender em flagrante três integrantes da organização criminosa, inclusive um interno que operava de dentro do presídio de Mata Grande e outro ex-companheiro de cela, que estava no regime semi-aberto, com monitoramento eletrônico. A organização conta com outros integrantes que estão foragidos e está em plena atividade, tendo cometido dois golpes consumados e vários tentados no dia anterior da operação, com vítimas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Durante as buscas, foram apreendidos vários celulares, chips, anotações contendo a contabilidade da organização criminosa, bem como números de telefones de diversos hospitais do país inteiro, com ramais das UTI´s, áreas de COVID e quartos, e também contas bancárias “laranjas” utilizadas para depósitos dos valores obtidos com o crime. Ademais, foram encontrados vários cadernos com instruções de vários golpes dados por telefone pelos internos dos presídios, inclusive um roteiro orientando para o golpe do falso médico. Uma verdadeira e literal escola de crimes. Há fortes indícios que os criminosos sejam também integrantes do Comando Vermelho.
A conduta criminosa visava a familiares de vítimas hospitalizadas em estado grave e, em sua maioria, pessoas idosas, com a finalidade de auferirem vantagens econômicas indevidas, em plena pandemia de COVID-19.
Em síntese, o golpe consistia em obter dados de pacientes internados em diversos hospitais de Brasília/DF e, em seguida, mediante contato telefônico nos quartos dos pacientes em estado grave, se passando por médicos com alta especialização, os autores induziam as vítimas em erro, convencendo-as a efetuarem depósitos em contas bancárias de terceiros, aduzindo urgente necessidade de exames e procedimentos médicos a serem realizados, por se tratar de caso de risco de morte.
Leigos nos conhecimentos técnicos da medicina, isolados em razão da pandemia de COVID-19, os familiares das vítimas, desesperados, transferiam quantias em dinheiro aos autores, chegando até fazerem empréstimos bancários visando salvar seu ente querido.
Posteriormente, tais indivíduos, de posse dos dados pessoais das vítimas, habilitam linhas telefônicas em nome delas e utilizam tais telefones para dar continuidade nas ações criminosas a fim de dificultar a investigação e elucidação de tais crimes.
A organização criminosa tinha como sede a cidade de Rondonópolis e era chefiada por um interno do presídio de Mata Grande, contando com integrantes fora do presídio para realizar saques e habilitar chips para novos golpes.
Os crimes visam a vítimas de todo país, especialmente, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. No DF, por exemplo, estão sendo apuradas mais de 20 ocorrências policiais de crimes tentados e dois consumados. Inclusive, durante a investigação, a PCDF conseguiu evitar a consumação de dois crimes, entrando em contato imediato com as vítimas.
A operação Dr. Blefe foi coordenada pela DECRIN e contou com mais de 22 policiais da PCDF e da PCMT, apoio operacional, equipamentos investigativos, e uma ação interestadual.
Se condenados, os investigados podem responder por dezenas de crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e participação de organização criminosa. Se somadas, as penas podem variar entre 20 e mais de 50 anos, somadas todas as condenações.
Há ainda pessoas que foram vítimas desse golpe e não registraram. Por isso, é importante comparecer a delegacia de polícia mais próxima para efetuar o registro, a fim de que esses crimes também possam ser elucidados.

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Assessoria de Comunicação/DGPC
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