PCDF deflagra 3ª Fase da Operação Looping

Na manhã desta quinta-feira (17), a Polícia Civil do Distrito Federal— PCDF, por intermédio da Corf e apoio da Polícia Civil do Estado do Paraná— PCPR, deflagrou a 3ª fase da Operação Looping, que visa desarticular grupo criminoso que, entre 2014 e 2020, falsificou e usou documentos falsos junto a cartórios do Distrito federal, com a finalidade de transmitir a propriedade de fazendas no DF e em Goiás.

As investigações iniciaram-se em 2021, quando restou apurado que um grupo criminoso, composto por empresários, um advogado e um antigo tabelião do cartório de notas e registro civil da cidade de Limeira/MG— o qual foi afastado de suas atividades por irregularidades em 2015—, havia falsificado documentos, dentre eles uma certidão na Terracap, e invadido uma expressiva área na região do Gama/DF, avaliada em cerca de R$ 15 milhões, a qual foi dada como garantia de um empréstimo.

Na ação de hoje, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão em Londrina/PR e em Águas Lindas de Goiás, contra alvos que produziram os documentos falsos, os quais foram assinados pelo tabelião destituído e utilizados pelos favorecidos para a prática dos crimes.

No dia 25 de janeiro de 2022 foi realizada a 1ª fase da Operação Looping. Durante as diligências, quando foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em empresas e residências localizadas no Gama/DF e em Águas Lindas e Goiânia/GO; em Salvador/BA (buscas em uma empresa e em um iate avaliado em R$ 900 mil) e na cidade baiana de Lauro de Freitas—buscas em residência situada dentro de um condomínio de alto luxo.

As investigações ainda apontaram que esse mesmo antigo tabelião havia participado da produção de outra documentação falsa, usada para transferir uma fazenda localizada em Mimoso/GO, avaliada em aproximadamente R$ 10 milhões. “Além disso, o grupo transmitiu uma terceira fazenda, no ano de 2014, localizada também em Mimoso/GO, avaliada em R$ 15 milhões, utilizando uma procuração lavrada com documentos falsos no cartório de Dom Bosco/MG”, explica o coordenador da Corf/PCDF, delegado Wisllei Salomão.

Diante destes fatos, foi deflagrada a 2ª fase da Operação Looping, em 21 de junho deste ano. Na ação, os policiais cumpriram sete mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em diversas regiões do Distrito Federal— Lago Sul de Brasília, Vicente Pires, Águas Claras, Setor de Indústrias Gráficas, Guará, Gama— além das cidades vizinhas de Padre Bernardo, Mimoso e Águas Lindas/GO.

Confira o resumo das fases anteriores da Looping:

A 1ª fase da Operação Looping foi deflagrada pela CORF em janeiro deste ano. As investigações apontaram um grupo criminoso, composto por empresários, um advogado e um antigo tabelião do Cartório de Notas e Registro Civil de Limeira (MG), que havia falsificado documentos para alterar a titularidade de terrenos em área pública, por eles invadidos, e firmar contratos envolvendo os imóveis. Para utilizar um terreno rural de 148 hectares como garantia em um empréstimo, o grupo chegou a falsificar documento da Terracap que informava que a área era pública. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de Goiás e Bahia.

A investigação prosseguiu, e foram descobertos novos integrantes do grupo, como um tabelião titular de cartório em Mimoso (GO), e novas operações a partir de documentos falsos, como a escritura de compra e venda de um imóvel de R$ 15 milhões, também em Mimoso (GO). Foi deflagrada, então, a 2ª fase da Operação Looping: em 21 de junho foram cumpridos sete mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal e em Goiás.

Assessoria de Comunicação/DGPC

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Fonte: Policia Civil DF